quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Governo teme que PM force paralisação na Copa do Mundo

Este ano, a Copa dos Confederações foi infernal para os políticos e instituições oficiais de uma maneira geral. No ano que vem, ao menos na Bahia, o governo já se preocupa com antecipação com convulsões sociais e, neste universo, a situação pode piorar ainda mais com uma previsão de greve na Polícia Militar exatamente durante a realização da Copa do Mundo.

Motivos a tropa teria para desde já articular uma greve durante o evento. Destes, três são os mais preocupantes: escalas de trabalho sem extras, insatisfações nos Bombeiros e falta de plano de carreira. No primeiro, os militares trabalham 40 horas semanais, mas se algo inesperado ocorrer e o horário diário for excedido, não há contabilização de horas extras.

Já no segundo, os Bombeiros gozam de grande prestígio social, mas dentro da corporação a situação é absolutamente oposta, com desvalorizações salariais e estruturais. No caso do plano de carreira, os militares se queixam de jamais terem a possibilidade de ascender oficialmente na corporação de acordo com uma progressão visível. É comum ver soldados com décadas na função sem perspectiva de mudança.

A força que a corporação conquistou após a greve de 2012 já anima os líderes a articular o próximo motim. Entretanto, não é possível saber se estas questões serão encaradas entre os líderes das associações e o governo e quando isto pode acontecer. Caso a vontade maior seja levar o movimento ao tempo mais crítico, a realização da Copa em Salvador corre grandes riscos.

Nenhum comentário: